A Fundect – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, instituição ligada à Semagro e ao Governo do Estado de MS, administrará o total de R$ 8 milhões, que serão destinados às pesquisas selecionadas que contribuirão de forma técnica para que o Estado atinja a meta de se tornar Carbono Neutro até o ano de 2030. O anúncio do valor total aconteceu nesta segunda-feira (7), pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, que representou o governador, Reinaldo Azambuja, na assinatura dos termos de outorga dos 11 projetos aprovados pelo edital.
O valor anteriormente previsto em edital era de R$ 4 milhões. E após o processo de seleção, que aprovou os onze projetos melhor avaliados, verificou-se a pertinência de outros 9 projetos que ficaram em lista de espera e que poderão contribuir para a temática. O Governo do Estado decidiu então pela liberação de mais R$ 4 milhões, totalizando 20 propostas aprovadas, de sete instituições de pesquisa diferentes.
“Esse é um momento histórico. Tenho conversado com colegas de todo Brasil e ficam surpresos quanto ao patamar em que Mato Grosso do Sul se encontra. E nós estamos investindo cada vez mais e investiremos mais”, relata o presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira. “Lançamos esse edital há cinco meses, assinamos os termos de outorga, e conseguimos fazer com que isso acontecesse rápido, para que o dinheiro chegue às mãos dos pesquisadores com a velocidade que a academia merece”, completa.
Segundo o líder da Semagro, Jaime Verruck, durante a COP 26 que aconteceu em 2021 em Glasgow, houve o entendimento que Mato Grosso do Sul foi audacioso em suas metas, uma vez que o plano do Brasil é de atingir o status de carbono neutro entre 2050 e 2060. “O que fizemos até o momento para reconhecer Mato Grosso do Sul, como estado carbono neutro até 2030, temos de levantar, demonstrar e provar. Não existe uma metodologia definida para neutralização de carbono em território, existe para atividades. E a proposta que fizemos foi de fazer isso, vamos buscar até 2030 uma certificação por território. Isso vai contribuir não só para a vida das pessoas, como para a qualidade e sustentabilidade ambiental, assim como para o negócio Mato Grosso do Sul: exportação e identificação”, esclarece Verruck.
Para Ricardo Senna, secretário adjunto da Semagro, uma das questões mais relevantes sobre os projetos contemplados, é o poder de união de diferentes elos sociais, a favor do estado. “Não podemos promover o desenvolvimento dissociado do tripé da ciência, tecnologia e da inovação. E quando nos comprometemos até 2030, é por que temos todos os elementos para que isso aconteça, e boa parte desses elementos foram construídos com a comunidade científica, junto ao Governo, que nos permitiu garantir políticas públicas efetivas e fazer uma ponte com o setor privado, criando um diálogo”.
Representando o governador Reinaldo Azambuja, Eduardo Riedel, esclareceu que não há que se falar em desenvolvimento, que não seja sustentável, e que o discurso de carbono neutro 2030 não se trata de uma retórica. “É muito interessante ver como os mais diversos projetos que recebemos, nas mais diversas áreas, de todas as instituições, estão alinhadas com essa diretriz. Conversamos com o Verruck, para vermos a possibilidade de aumentar esse aporte para pegar todos aqueles projetos aprovados, que estão em lista de espera e que tiveram pontuação. Conversamos com o governador Reinaldo, defendendo esse objetivo, e passo para vocês, em primeira mão, que estão aprovados todos os projetos que estão em lista de espera. Isso são mais quatro milhões de reais. Então estamos falando de oito milhões de reais, que serão aplicados nessa iniciativa”, concluiu o secretário, ao anunciar o investimento.
Texto: Diego Silva
Fotos: Adriano Boeno
Publicado por: Jackline Fermau