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Acadêmicos de medicina da UEMS produzem conteúdos científicos para estudantes de escola pública
Com e-books, vídeos e questionários, projeto Med Educa busca aproximar a universidade da educação básica
Aprender genética, a lavar corretamente as mãos ou como higienizar os alimentos são alguns dos conteúdos desenvolvidos pelos acadêmicos do curso de medicina da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) especialmente para 160 alunos da Escola Estadual 11 de Outubro. O projeto de extensão intitulado Med Educa começou em plena pandemia do novo coronavírus e inclui e-books, vídeos para o Youtube e interação entre os estudantes
De acordo com a professora do curso de medicina da UEMS, Mariana de Oliveira Mauro, o projeto foi planejado para ser desenvolvido presencialmente, mas por conta da pandemia, precisou mudar de formato. “O foco principal desse projeto é realizar intervenções para a melhoria do conhecimento desses alunos sobre prevenção, promoção em saúde, autocuidado e educação em ciência. Isso seria feito de que forma? Ofertaríamos oficinas dentro de sala de aula sobre essas temáticas, no entanto, a pandemia chegou e tudo mudou. Foi um momento que nós ressignificamos o nosso projeto”, explica Mariana.
Para compensar a ausência do contato presencial, os 11 acadêmicos de extensão do curso de medicina decidiram, ao lado da professora, criar e-books, vídeos para o Youtube e questionários para os alunos da escola pública. “Decidimos produzir diversos conteúdos para auxiliar os professores dessa escola no tratamento de algumas temáticas relacionadas à saúde e ciência. Os alunos do curso de medicina da UEMS já desenvolveram três e-books sobre higienização de mãos, higienização de alimentos e sobre genética. Esses e-book são livros pequenos, interativos, didáticos e que os alunos poderão ao final dele realizar um questionário para que nós possamos avaliar a eficácia dessa ferramenta”, frisa Mariana.
Todo o conteúdo é produzido pelos próprios estudantes de medicina, que estão entre o 2º e 4º ano do curso. “As práticas que seriam feitas em sala de aula são gravadas e o aluno da escola estadual poderá repetir essa prática em casa com os materiais que ele tem disponível, assim gerando mais qualidade para essas aulas que são difíceis de forma remota”, ressalta.
A professora de biologia e ciências da Escola Estadual 11 de Outubro, Débora Rojas de Figueiredo Gomes, conta que os conteúdos dos acadêmicos de medicina foram bem aceitos pelos estudantes da escola. “Esse material foi disponibilizado pelos alunos e eles gostaram bastante, primeiro porque foge daquela tradicional atividade de sala de aula, mesmo que de forma remota, daquele ensino tradicional”, acredita Débora.
Segundo a professora, 160 alunos da educação básica, do 8° e 9° ano do ensino fundamental e do 1° e 3° ano do ensino médio estão recebendo o material produzido pelos acadêmicos. Para Débora, entre os pontos mais interessantes do projeto está a interação entre os estudantes. “Quando você tem uma interação dos alunos da educação básica com acadêmicos é bem interessante porque serve de motivação, especialmente, porque uma das turmas que os alunos da medicina trabalharam foram os alunos do terceiro ano, que estão em ano de vestibular. Alguns sonham em serem médicos, fazerem faculdade e o fato de terem alunos de medicina que entraram em contato comigo que vieram do ensino público, incentiva muito os alunos da educação básica”, frisa.
Naiane Mesquita DRT 806/MS
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Publicado por: Jackline Fermau