Nesta segunda-feira, 14, as 60 startups selecionadas pelos programas Inova Cerrado e Inova Pantanal começaram a receber os treinamentos no 1° Workshop dos programas de pré-aceleração. Além deste evento, as mentorias se estenderão por três meses.
O objetivo é capacitar os empreendedores para colocar em prática as ideias inovadoras aprovadas. Os programas Inova Cerrado e Inova Pantanal são uma iniciativa da parceria entre a Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) e o Sebrae/MS.
A cerimônia de abertura do workshop contou com a presença do diretor-presidente da Fundect, Márcio Pereira, que destacou o potencial inovador das startups e a importância delas para o desenvolvimento do Estado.
“Vocês têm o olhar de identificar em nossa biodiversidade as soluções para a sociedade. E quem já consegue ter esse olhar de soluções para a sociedade a partir da biodiversidade já está à frente do mercado, isso eu garanto a vocês. O que esperamos desse investimento é que vocês mostrem a potência agroambiental sustentável que Mato Grosso do Sul pode ser”, afirmou Márcio.
Sandra Mara, representante do Sebrae/MS, destacou a importância da parceria, elogiando o trabalho da Fundect, que garantiu os recursos.
“O Inova Cerrado e o Inova Pantanal são uma iniciativa da Fundect em parceria com o Sebrae/MS, porque sem a Fundect, aportando um recurso e de fato mobilizando a ciência, a tecnologia a favor desses novos negócios, o Sebrae/MS poderia muito pouco. Então, a partir de agora, é botar esse negócio para funcionar e, de fato, mostrar para o mundo o que Mato Grosso do Sul tem de melhor, que é a nossa bioeconomia”, ressaltou.
Empresas
Para Orlando Trevisan, um dos participantes do programa Inova Pantanal, o apoio recebido é fundamental para o sucesso de seu projeto. Ele está desenvolvendo um forno de pirólise para a produção de Biochar, um produto sustentável que pode ser adquirido por empresas para realizar a compensação de carbono.
“O Inova Pantanal ajuda a empresa a trilhar o caminho, ajuda o empreendedor a entender o seu produto, olhar o mercado, olhar os custos que você vai ter, porque no começo você tem uma ideia, né? Mas na hora de começar na prática, a mão na massa é outra, então você precisa, pelo menos, idealizar todo o seu caminho, as suas dificuldades, os parceiros”, afirma Orlando.
Paola Oliveira, da startup Molecules Chemistry Biotechnology, destacou o impacto positivo dos treinamentos. Em seu mestrado, ela desenvolveu óleos vegetais ozonizados, de girassol, por exemplo, para o tratamento de feridas em animais. A ideia inovadora agora é trabalhar com óleos extraídos de frutos do cerrado, como o pequi e a andiroba.
“Está sendo enriquecedor, estamos aprendendo bastante, porque às vezes a gente tem muitas ideias e a gente precisa aprender a como direcioná-las. Hoje já tivemos o primeiro workshop que explicou detalhes como fazer um canva, a parte dos clientes, por exemplo. Acredito que a gente vai aprender muito mais e ficar mais seguro em caminhar e levar os produtos ao mercado”, destacou Paola.
Os programas Inova Cerrado e Inova Pantanal têm como meta fomentar iniciativas ligadas à bioeconomia, sustentabilidade e uso responsável dos recursos naturais do Pantanal e do Cerrado. Foram selecionadas 30 startups de cada programa. Ao final do ciclo de aceleração, seis delas (três de cada programa) serão premiadas. O primeiro lugar receberá R$ 15 mil, o segundo R$ 10 mil e o terceiro R$ 5 mil.
Investimento
A Fundect está investindo R$ 5,6 milhões nos programas Inova Cerrado e Inova Pantanal. Esses recursos visam apoiar o desenvolvimento de startups e empreendedores ligados à bioeconomia desses dois biomas importantes e promover o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.
Texto: Paulo Ricardo Gomes e Larissa Adami.
Fotos: Leandro Benites e Paulo Ricardo Gomes.