O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), lança a 5ª edição do Programa de Apoio a Projetos de Pesquisas para a Capacitação e Formação de Recursos Humanos em Taxonomia Biológica (Protax). As propostas podem ser submetidas até o dia 18 de setembro de 2024.
O objetivo da chamada é apoiar projetos de pesquisa e eventos que contribuam significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, com foco na área de taxonomia biológica, incluindo grupos botânicos, microbiológicos e zoológicos.
Lançada regularmente a cada quatro ou cinco anos desde 2005, esta edição conta com um investimento total de R$ 14 milhões, mais que o dobro dos R$ 6 milhões investidos em 2020. Cada projeto poderá receber até R$ 400 mil, recurso a ser destinado a bolsas do CNPq em diversas modalidades, como iniciação científica, mestrado, doutorado, apoio técnico de nível médio e superior, além de pós-doutorado júnior e sênior.
Gestor da chamada, o analista em ciência e tecnologia do CNPq Fernando da Costa destaca a relevância do Programa de Capacitação em Taxonomia (Protax) e sua importância para a preservação da biodiversidade do país, na medida em que investe na pesquisa e na formação de recursos humanos na área da taxonomia biológica envolvendo grupos botânicos, microbiológicos e zoológicos.
“O programa está alinhado com diversas demandas e compromissos nacionais e internacionais no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (GSPC-CDB) do estado e da sociedade, visando à ampliação do conhecimento, conservação, proteção e uso sustentável da biodiversidade brasileira”, explica Costa. A CDB é um tratado da Organização das Nações Unidas estabelecido durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD, conhecida como ECO-92), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992, e que conta com mais de 160 países signatários.
O Protax também está amparado pelas diretrizes da Política Nacional da Biodiversidade e possui alinhamento com o 4º, o 14º e o 15º Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, salienta o gestor da chamada.
O Protax foi implementado em 2005, a partir das discussões realizadas pelas sociedades científicas, que há anos apontavam a carência de taxonomistas e a sua importância para que o país pudesse gerenciar e conhecer a biodiversidade brasileira.
As propostas aprovadas poderão ser cofinanciadas ou financiadas pelas Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) dos estados que aderiram formalmente a Chamada, entre elas a Fundect.