O diretor-presidente da Fundect e presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), Márcio de Araújo Pereira participou na terça-feira (30), da abertura do 69º Fórum Nacional Confap, na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O evento reuniu os dirigentes das agências estaduais de fomento à ciência, tecnologia e inovação no Brasil para debater sobre o futuro da ciência, tecnologia e inovação e sobre o fortalecimento da colaboração entre as fundações e seus parceiros.
A abertura contou com a participação da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos. Também estiveram presentes o secretário-executivo do MCTI, Luiz Fernandes, o diretor de Programas e Bolsas no País da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Luiz Antonio Pessan, a diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação (DCOI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Dalila Andrade de Oliveira, e o presidente da Fapemig, Carlos Arruda.
O diretor-presidente da Fundect e presidente do Confap, Márcio de Araújo Pereira, parabenizou a Fapemig pelo desenvolvimento de iniciativas inovadoras em Minas Gerais e destacou pautas da programação do fórum que serão base de debates futuros.
“Gostaria de parabenizar todos os colaboradores da Fapemig que têm feito uma revolução com esse olhar de desenvolvimento para a inovação. […] Vamos discutir o Marco Legal da Ciência, junto com os tribunais, controladorias e órgãos de regulamento, os tipos de aplicabilidade de acordo com o regramento, mas também trazendo sugestões. Isso mostra a importância de estarmos juntos aqui, os governos estaduais, com o Governo Federal, trabalhando para o mesmo objetivo, que é o bem comum e a soberania da ciência, tecnologia e inovação”, destacou Márcio de Araújo Pereira.
Em sua fala, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos destacou o crescimento da ciência e da inovação por meio da chamada “indústria da transformação” e as possibilidades crescentes de parcerias estratégicas.
“Esse evento simboliza a força do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação e reúne atores fundamentais para o avanço do nosso país. São as FAPs junto com as secretarias estaduais, os institutos de pesquisas, universidades e os parceiros locais, inclusive as empresas e as indústrias, essa tríplice hélice, que possibilitarão avanço nos indicadores. Eu não tenho dúvidas que esse ecossistema e essa tríplice hélice vão construir as saídas e transformar as ideias e recursos em ações concretas que levam ao desenvolvimento de cada estado deste país”, disse.
Reuniões das FAPs
Na manhã de terça-feira, foram realizadas reuniões dos presidentes, diretores científicos e diretores administrativo-financeiros das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs). Os presidentes das FAPs discutiram pautas internas do Conselho e ações conjuntas desenvolvidas pelas fundações. Entre os temas abordados estiveram a Iniciativa Amazônia+10, ações de atração e fixação de jovens doutores no Brasil, banco de dados de avaliadores, entre outros.
Papel das FAPs em ecossistemas de inovação
Na quarta-feira (01) dois painéis trataram da importância FAPs no fomento à inovação e caminhos para impulsionar iniciativas emergentes.
Durante o painel “Fomento à Inovação: A Contribuição Essencial das Fundações de Amparo à Pesquisa” o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, Luiz Gustavo Cançado, orientou a discussão acerca dos desafios e possibilidades no caminho para a inovação no país.

Márcio de Araújo Pereira, presidente do Confap, e Camila Farani, empresária e investidora-anjo. Foto: Kennedy Barros/ Dilvulgação Confap
A CEO da Farani Escola de Negócios, sócia-fundadora da G2 Capital e investidora-anjo, Camila Farani, também participou do debate. Em sua palestra, destacou características positivas de negócios de sucesso, sendo uma delas o perfil vendedor do seu idealizador. Contudo, defendeu o investimento em Lifelong Learning, a busca contínua e adaptativa de conhecimento. “Nenhuma linha de fomento será suficiente se não houver educação. No final do caminho vêm as desistências”.
Na sequência, o painel “Potencial Empreendedor – Como as FAPs impulsionam statups em diferentes estágios e perfis”, orientado pela gerente de Inovação da Fapemig, Marina Brandão, discutiu os desafios enfrentados pelas startups deep techs. A mesa foi composta pelo pesquisador, Álvaro Eiras, CEO da InnoVec; Adriana de Faria, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e Fábio Wagner Pinto, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
A programação de painéis e palestras do 69° Fórum Nacional Confap encerrou na quinta-feira (2/10) com o encontro jurídico entre as FAPs. Na sexta-feira (3/10) os visitantes conhecerão o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea e Jardim Botânico, localizado em Brumadinho, e seus projetos que unem ciência, arte e extensão.
Texto: Maristela Cantadori, com informações da Ascom / Confap
Foto: Kennedy Barros/ Divulgação Confap