Com o objetivo de favorecer o desenvolvimento dos biomas em Mato Grosso do Sul a partir da consolidação de soluções inovadoras, os programas Inova Cerrado e Inova Pantanal acompanham 80 startups e pequenos negócios com o foco em aceleração por meio do módulo tração. Nesta sexta-feira (5), foi realizada a primeira atividade prática voltada à capacitação, trocas de experiências e conexões estratégicas entre as empresas participantes.
As iniciativas são promovidas pelo Sebrae/MS e pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), que está concedendo bolsa de R$ 6,5 mil para apoiar o desenvolvimento das empresas e ampliar o alcance dos projetos.
Para o diretor-presidente da Fundect e presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), Márcio de Araújo, o trabalho desenvolvido destaca a importância da união de esforços para fortalecer a inovação no Estado. “A inovação só acontece quando existe um ecossistema estruturado, com incentivos adequados e colaboração entre diferentes atores. O Governo do Estado e o Sebrae/MS oferecem essa rede de sustentação que dá segurança para o empreendedor iniciar, investir e crescer. Com o módulo tração, entramos em uma nova fase: as bolsas já começam a ser pagas e os participantes passam a colocar em prática o que planejaram, transformando ideias em produtos e serviços que geram desenvolvimento para suas empresas e para o Mato Grosso do Sul”, esclareceu.

Márcio Pereira enfatizou como a presença de um Ecossistema de Inovação é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras.
A gerente da Unidade de Competitividade e Inovação do Sebrae/MS, Isabella Montello, destacou a relevância da iniciativa para o Estado. “Para nós, os programas representam uma grande oportunidade de revelar o potencial que existe no nosso Cerrado e no nosso Pantanal, além de valorizar as pesquisas produzidas em nossas universidades. Tivemos o maior número de inscritos tanto no Inova Pantanal quanto no Inova Cerrado, o que mostra a força e a vocação de Mato Grosso do Sul para a bioeconomia. Esse movimento reforça que a inovação sustentável é, de fato, o futuro da nossa economia”, ressaltou.
O Inova Cerrado e o Inova Pantanal são derivados do programa “Inova Biomas”, desenvolvido pelo Sebrae e parceiros em âmbito nacional, entre eles o Confap, com o foco em trabalhar a potencialidade de cada região a partir das vocações dos territórios onde estão inseridas. De acordo com o analista-técnico do Sebrae Nacional, Gabriel Póvoa, Mato Grosso do Sul tem se destacado com o desenvolvimento da iniciativa.
“O Mato Grosso do Sul tem se tornado um grande destaque nacional pela dedicação e maturidade das empresas, além do trabalho exemplar da equipe local. Essa capacitação foi preparada com muito cuidado e tenho certeza de que todo esse esforço vai gerar resultados que impactarão não só a economia do Estado, mas também a do Brasil e do mundo, mostrando um modelo mais inovador e sustentável”, pontuou.
Programas trazem aceleração com mentorias
Voltados para fortalecer a bioeconomia e estimular a inovação em Mato Grosso do Sul, os programas Inova Cerrado e Inova Pantanal oferecem aos participantes um processo de aceleração de seis meses, com mentorias, capacitações e suporte especializado. Ao todo, 80 empreendedores foram contemplados, entre Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs), que atuam com soluções voltadas ao uso sustentável dos recursos naturais e à conservação da biodiversidade nos dois biomas.
Com o apoio financeiro e técnico oferecido pelos programas – incluindo bolsa de estímulo à inovação no valor de R$ 6,5 mil por seis meses –, os empreendedores terão condições de escalar as operações das empresas, ampliar a presença no mercado e gerar impacto positivo no desenvolvimento sustentável das regiões do Cerrado e do Pantanal.

Nos dois programas, representantes de 80 empresas são acompanhados no módulo tração para a aceleração do negócio.
Aparecida Ponte, participante pela Ecovita, compartilhou sua experiência. “Participei com a Ecovita, um viveiro de mudas nativas em que utilizamos o paperpot, uma metodologia inovadora e biodegradável. Minha expectativa com o módulo de tração é aprender ainda mais e ampliar as conexões com outras entidades.”, comentou.
Já Emília Freitas, CEO da PluGreen, ressaltou o impacto do programa em sua trajetória. “Na PluGreen, unimos tecnologia ao mercado de carbono, com o plantio de mudas nativas e ações sociais voltadas ao acolhimento de meninas em situação de pobreza menstrual. Participei do IdeAção e agora sigo no módulo Tração, colhendo frutos antes mesmo do primeiro encontro presencial. Minha expectativa é ampliar ainda mais as conexões, que já têm sido fundamentais para o crescimento do meu negócio. Costumo dizer que sou cria do Sebrae: desde a fase de ideação, o Sebrae tem sido essencial para abrir portas e oferecer o suporte necessário para transformar ideias em realidade”, comemorou.
Maristela Cantadori, com informações Assessoria de Imprensa do Sebrae/MS
Fotos: Magdiel Trelha