Representantes da comunidade acadêmica, do setor empresarial, da sociedade e do governo participaram nesta quinta-feira (21) em Campo Grande da oficina para a construção da Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível.
O documento produzido no evento integrará o novo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), em elaboração pela CAPES.
“Pela primeira vez, no momento da construção do Plano Nacional de Pós-Graduação, a CAPES está indo em cada estado, juntamente com as fundações de amparo à pesquisa, para conversar com os diferentes setores da sociedade. Esse momento de diálogo é superimportante para identificar as potencialidades das regiões e também todas as sugestões para inovações no processo formativo de mestre e doutor”, explica a coordenadora geral do portal de periódicos da CAPES, Andréa Vieira.
O encontro tem apoio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) e apontou temas estratégicos prioritários para Mato Grosso do Sul.
“É um momento importantíssimo para o estado, no qual as pessoas que entendem a pós-graduação, convidados, sociedade civil, empresarial e setor público estão presentes para darem sua voz e ajudarem na construção desse importante plano nacional de pós-graduação. Para Mato Grosso do Sul é um momento histórico. É importante falar que a CAPES está ao nosso lado presente e isso engrandece muito o papel de Mato Grosso do Sul”, explica o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira.
Pelo cronograma, em outubro será feita uma consulta pública e, em dezembro, o documento final do Plano Nacional de Pós-Graduação 2024-2028 será encaminhado para aprovação pelo Conselho Superior da CAPES.
“A CAPES tem feito um trabalho fundamental em ouvir todos os estados para perguntar o que que é importante, o que que é caro para o estado, para que possa destinar recursos na formação de mestres e doutores. E após ouvirmos todas as vinte e sete unidades federativas do país, nós vamos consolidar o documento e fazer uma grande consulta pública a sociedade brasileira. Após isso, o documento compilado fará parte de uma sessão ou um capítulo do Plano Nacional de Pós-graduação”, esclarece o coordenador de fomento a eixos estratégicos nacionais da CAPES, Igor Secundo Bernardes.
Para os respresentantes da área empresarial, a atuação da CAPES no Estado neste momento vai garantir que a prosperidade continue.
“A presença da CAPS aqui no Mato Grosso do Sul nesse momento é muito importante e é fundamental para os nossos projetos econômicos, para a evolução que o Estado vem passando”, explica o superintendente do SESI, Regis Pereira Borges.
Segundo o secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de MS, Ricardo Senna, a formação de mais mestres e doutores vai garantir desenvolvimento para o Estado e é importante criar estratégias tanto para formar novos profissonais, quanto para mantê-los no Estado.
“Importante ressaltar que Mato Grosso do Sul, no ranking da CLT, é o terceiro do Brasil em formação de capital humano. Para estar entre os líderes desse processo é importante essa oficina, que nos ajuda a calibrar a política pública, estabelecer prioridades de formação de mestres e doutores e principalmente estratégias para fixá-los nas nossas instituições de ensino, pesquisa e extensão”, completa o secretário.
Sobre o PNPG – O Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) é um instrumento de planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). O processo de construção do novo PNPG iniciou-se com a Comissão Especial que vem se dedicando a um amplo diagnóstico e à proposição de recomendações.
Em uma segunda etapa, a CAPES avalia os subsídios dessa Comissão para construir o plano com seus componentes estratégicos e dialoga com os estados para a construção da Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível e prospecção de inovações na pós-graduação.
Texto: Maristela Cantadori e Paulo Ricardo Gomes
Entrevistas: Larissa Adami
Foto: Adriano Boeno